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Para socialistas, meio ambiente é central para o desenvolvimento


(Imagem: Reprodução/Socialismo Criativo)

Por Laura Moschoutis, Socialismo Criativo


No dia 5 de junho é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. O Brasil, país com a maior biodiversidade do planeta, está refém de um governo que desmonta as políticas de proteção e fiscalização ambiental e passa a boiada em favor de interesses contrários aos da natureza.


O país segue na contramão dos debates internacionais, embora seja um dos mais relevantes para garantir efetivas ações para o meio ambiente no mundo. Sob o comando de Jair Bolsonaro (sem partido) e com um ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que é inimigo declarado das causas ambientais, o Brasil tem desmontado políticas públicas para defesa do meio ambiente.


A boiada contra o meio ambiente ocorre em um momento em que é urgente a construção de uma nova ideia de desenvolvimento para o Brasil e para o mundo, que contemple o meio ambiente e a sociedade e que trabalhe na redução das desigualdades em um processo de utilização da tecnologia como aliada para a criação de uma economia que cesse a agressão ao meio ambiente e a exploração de trabalhadores.

Amazônia 4.0 e Economia Verde

Ciente da potência brasileira na área ambiental, a Autorreforma do PSB defende um projeto de desenvolvimento sustentável para a Amazônia brasileira. O PSB acredita que é fundamental estabelecer uma estratégia para o “efetivo exercício da soberania nacional sobre a região”, já que o montante e os valores dos ativos existentes nesse território possuem grande valor.


Para os socialistas, a biodiversidade amazônica proporciona diversas vantagens competitivas mundiais e pode ser um fator estratégico na economia, principalmente para a inovação tecnológica na região, na cadeia de valor global.


“O PSB defende que uma estratégia de desenvolvimento sustentável da Amazônia deve ser parte integrante de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, liderado por um governo que tenha como objetivo inserir soberanamente o Brasil nas cadeias globais de valor, com uma produção biotecnológica genuinamente brasileira.” Autorreforma do PSB

Os socialistas também avaliam que a economia verde apresenta potencial muito maior para a inclusão social e para a geração de renda e empregos. Sobretudo se comparada ao atual modelo de política econômica baseado nos princípios de liberalização radical e da minimização extrema do papel do Estado, assim como pela “inserção subalterna” da economia brasileira internacionalmente como exportadora de matérias-primas.


Para o PSB, é necessário construir uma economia que resulte em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduza os riscos ambientais e a escassez ecológica.


Leila Barros alerta para ataques contra o meio ambiente


A senadora Leila Barros (PSB-DF) comentou sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente. A socialista afirmou que “não temos muito o que comemorar”, e destacou o recorde do desmatamento da Amazônia atingido em maio.


Leila ainda argumenta que, para além do desmatamento, o garimpo ilegal e as queimadas não podem ser vistas com naturalidade ou percebidas como algo distante da população.

“Os efeitos desse descaso serão sentidos por toda sociedade. Como pensar no bem estar do planeta e dos seres humanos sem cuidar da nossa casa ? Impossível! Por isso, te convido a refletir sobre o nosso planeta e apoiar práticas sustentáveis.” Leila Barros


Governo Bolsonaro trabalha contra o meio ambiente


Para além do processo histórico prévio de uma política ambiental insuficiente, os dois primeiros anos do governo de Bolsonaro tem obrigado os defensores da pauta no Brasil a travar verdadeiras batalhas contra constantes medidas governamentais que não apenas dificultam avanços, como agem ativamente no sentido contrário.


Há ataques diretos como a aprovação da nova lei de licenciamento ambiental e trocas de cargos e funções na parte de fiscalização. Além de políticas contra o desmatamento que não passam perto do necessário para garantir a preservação da Amazônia e da Mata Atlântica. O governo mais desastroso da história recente do Brasil na pauta tem promovido uma verdadeira destruição ambiental no país.


Só em maio, em dados divulgados na sexta-feira (4) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento legal na Amazônia quase dobrou em relação a maio de 2020. Os números do desmatamento de maio chegaram a 1.180km², chegando pela primeira vez a uma área maior que 1000km² desde o início da série em 2016.

Salles passa a boiada

Levantamento de pesquisadores ambientais organizado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) apontou ao menos 124 medidas adotadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), sob o comando de Salles, que podem ter gerado algum tipo de risco às políticas de proteção ambiental no Brasil.


Além disso, o próprio ministro, que em reunião ministerial de 2020 chegou a convocar outros ministros para “ir passando a boiada” sobre o regramento ambiental enquanto a imprensa estivesse ocupada tratando do impacto do coronavírus no Brasil, está sob investigação da Polícia Federal.


O ministro é investigado de envolvimento com desmatamento ilegal, o que justificou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para colocar a gestão de Salles sob investigação.

Dia Mundial do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho, foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972. A data também encerra a Semana Nacional do Meio Ambiente, comemorada na primeira semana do mês de junho no Brasil, até chegar na data mundial. A semana de conscientização foi criada em 1981 para complementar o dia mundial instituído pela ONU.


O meio ambiente, por definição, é a reunião de tudo o que compõe a natureza, o ambiente em que os seres estão inseridos. Em 2021, o mundo tem acompanhado uma intensa agenda internacional de meio ambiente, e no Brasil, constantes ações – e embates – tem sido mais do que nunca necessários. Parlamentares socialistas promovem lutas intensas na pauta.

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