Ao menos 20 pacientes internados no recém-inaugurado hospital de campanha do Gama, estão intubados, sendo considerados pacientes em estado grave. Esta situação contraria os critérios estabelecidos pela própria Secretaria de Saúde do DF que definui os critérios para uso das Unidades de Cuidados Intermediários (UCI), leitos existentes na unidade.
O documento, divulgado em 7 de maio, deixa claro que apenas serão admitidos nas UCI's entre outros, pacientes que necessitem de suporte ventilatório não-invasivo. Já os critérios estabelecidos para a admissão nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI's), também definidos pelos técnicos do governo Ibaneis, determinam que pacientes com deficiência respiratória aguda, com necessidade de ventilação mecânica invasiva (intubação), devem ser internados em UTI.
Esses critérios levam em consideração a quantidade de pacientes por médico permitida em cada uma das unidades terapêuticas. Nas UCI's, cada médico pode ser responsável por até 15 pacientes. Já nas UTI's são 10. Especialistas explicam que um grande número de pacientes graves para apenas um médico pode gerar uma carga que impossibilite o profissional de saúde de exercer seu trabalho de forma satisfatória.
Ibaneis voltou atrás
Essa situação poderia ter sido evitada caso o governador Ibaneis Rocha tivesse cumprido sua primeira promessa em relação aos hospitais de campanha. Em entrevista coletiva, ele afirmou que as construções contariam com 100 novos leitos de UTI cada, totalizando 300 novas vagas para o Distrito Federal. Porém, após diversos atrasos e adiamentos, apenas uma unidade de saúde foi entregue (Gama) e com leitos de UCI.
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