Contrariando a indicação de cientistas do Brasil e do mundo, que afirmam que o Brasil pode enfrentar uma terceira onda da covid-19, o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) liberou o funcionamento de casas de festas na cidade.
O próprio secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou em entrevista coletiva que o governo irá reservar vagas de Unidades de Cuidados Intermediários (UCI's) para atender infectados caso haja aumento no número de casos. O que demonstra que há essa preocupação por parte dos gestores da Saúde de Ibaneis.
"Há uma recomendação, por parte das autoridades sanitárias, sobre a possibilidade de uma terceira onda. E a terceira onda depende de quê? Da dificuldade de se manter o isolamento social, de uma variante nova e também da baixa quantidade de vacinas disponíveis", afirmou ele.
Porém, ignorando esta e outras previsões, o governador resolveu liberar as festas pela primeira vez desde o início da pandemia, justamente neste momento tão delicado. O risco, segundo infectologistas, é a repetição dos sucessivos recordes de óbitos que aconteceram no início da ano em todo país após as aglomerações de Natal, ano-novo e carnaval.
O que está liberado
Nos locais poderão ocorrer casamentos, aniversários e batizados entre 11h e 23h. Segundo o decreto, os espaços deverão ocupar, no máximo, 50% da sua capacidade. Estão proibidos os espaços para danças e aglomerações. Assim como nos bares e restaurantes, as mesas deverão estar a uma distância de dois metros e com limite de seis pessoas cada.
Mesmo sem dança, as bandas estão permitidas desde que os musicos, com exceção dos vocalistas, utilizem máscara.
O que dizem os especialistas
Em entrevista ao Bom Dia DF, a infectologista Joana D'arc afirmou que o fato da Secretaria de Saúde estar reservando leitos em hospitais não evita as mortes, nem as novas infecções.
"Ter vagas de internação não significa segurança para a exposição (ao vírus). O que vai nos dar segurança para fazer festas, para fazer evento, é a vacinação", afirmou.
Segundo informações do próprio governo, obtidas no site InfoSaúde, administrado pela SES-DF, até o momento, apenas 9,44% da população da cidade foi imunizada.
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