Após iniciar a semana autorizando a retomada das cirurgias eletivas, o Governo do Distrito Federal (GDF) terá muito a explicar sobre a medida, que não condiz com a real capacidade dos hospitais da cidade. Um documento da Secretaria de Saúde, assinado pelo superintendente da Região-Central, e divulgado em reportagem do DFTV1 da Rede Globo, prova que a promessa do governador deve, ao menos por enquanto, ficar só no papel.
O ofício de Pedro Costa Queiroz Zancanaro alerta para falta de leitos para o pós-operatório, etapa indispensável para pessoas que se submentem à cirurgias. "Não temos número suficiente de leitos de internação para o seguimento destes pacientes no pós-operatório", diz o texto se referindo ao Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) referência nestes procedimentos.
Segundo Zancanaro, a sala de recuperação anestésica também tem sido utilizada como leito, além de outros espaços da unidade de saúde, atrapalhando assim todo o funcionamento de áreas imprescindíveis, como a emergência do hospital.
"Atualmente, pacientes têm sido reencaminhados em contra fluxo para permanecerem internados em leitos que são de observação no pronto-socorro, somados a 8 leitos no 3º andar e 2 leitos no 7º andar", alerta também o documento.
Por fim, o médico reforça a necessidade de serem disponibilizados mais leitos e estrutura suficiente para mantê-los antes da liberação das cirurgias eletivas prometida por Ibaneis Rocha. "É imperioso a disponibilização de meios para a retomada normal da realização de cirurgias eletivas."
O que diz o governo
A Secretaria de Saúde informou que as cirurgias estão sendo retomadas de forma gradativa conforme a disponibilização de vagas.
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