Por Júlia Schiaffarino, Socialismo Criativo
Mais de um ano após o início da pandemia de Covid-19 e com o país ultrapassando a marca dos 423 mil mortos pela doença, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) criou a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19. Nesta segunda-feira (10) foi publicado um decreto no Diário Oficial determinando a instituição do órgão.
Dentre as competências da nova secretaria estão coordenar medidas de emergência sanitária, propor diretrizes e ações de políticas de saúde para o enfrentamento da pandemia em articulação com os gestores estaduais e a dar transparência às medidas de enfretamento da doença.
Essas informações foram repetidas no comunicado enviado à imprensa.
“A secretaria está incumbida de propor diretrizes nacionais e ações de implementação das políticas de saúde para o enfrentamento à Covid-19, em articulação com os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal, bem como de definir e coordenar as ações do Plano Nacional da Vacinação contra a Covid-19”, comunicado à imprensa.
A Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 foi criada uma semana após a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. Esta comissão tem apurado as omissões do governo federal no combate ao coronavírus e cobrado respostas quanto à ausência de vacinas e o aumento contínuo do número de mortos.
Queiroga prometeu secretaria em depoimento à CPI
O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi ouvido na semana passada pela CPI da Pandemia. Entre os questionamentos feitos pelos parlamentares ao ministro, esteve o por quê da inexistência de uma política nacional e combate à doença coordenada com estados e municípios. Como resposta, Queiroga, então, anunciou que uma secretaria para condução dos trabalhos seria criada.
Apesar da publicação do decreto, ainda não foi divulgado o cronograma de trabalho da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.
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