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Ao completar 75 anos, PSB não foge à luta em defesa da democracia


Imagem: Ruy Baron

Como em outros momentos decisivos para o país, no ano em que completa 75 anos, o PSB se vê diante de um novo desafio histórico. A luta em favor da democracia e a necessidade de combater o autoritarismo são uma necessidade e o PSB não foge deste compromisso.

Nestas eleições, o PSB estará unido com outros partidos do campo progressista para enfrentar – e derrotar – Bolsonaro, tendo como inspiração as mesmas convicções de seus fundadores, Hermes Lima, João Mangabeira, Antônio Cândido e tantos outros, e de seus líderes históricos como Miguel Arraes e Eduardo Campos.



A contribuição do PSB se dá com a indicação do ex-governador Geraldo Alckmin para compor como vice de Luiz Inácio Lula da Silva na chapa que disputa a Presidência da República. Além da escolha de alguns de seus melhores quadros para disputar governos estaduais e cargos legislativos.


Filiado ao partido em março, Alckmin teve seu nome e a coligação nacional entre PSB e PT para a eleição referendados, por unanimidade, pelos cerca de 400 socialistas presentes na Convenção Nacional realizada em julho deste ano.


Segundo o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, as forças progressistas e democráticas não têm o “direito de perder” as eleições deste ano, diante da ameaça de destruição completa da democracia, das políticas públicas e da fragilização das instituições pelo governo Bolsonaro e seus “sócios” político-partidários.

“A disputa se afigura essencialmente entre democracia e autoritarismo, entre civilização e barbárie. E não bastará vencer a disputa presidencial. É preciso formar maiorias, eleger governadores progressistas, atrair para a tarefa de reconstrução nacional o melhor que houver na política, na economia, no mundo intelectual e cultural”, afirma Siqueira.

“Estamos do lado certo nesta encruzilhada em que nosso querido Brasil se encontra e contamos, ainda, com a honra de ter o companheiro Geraldo Alckmin, detentor de uma longa e exitosa vida pública, na qual sempre se levantou em defesa da democracia, dos direitos sociais, sendo reconhecido desde sempre por sua honradez, simplicidade e generosidade”, pontua.


Siqueira destaca a urgência de reconstruir e renovar o sistema político e partidário, em crise profunda neste momento.


Histórico de luta

Nos idos de 1957, Hermes Lima já compartilhava dos mesmos pensamentos críticos sobre o sistema político-partidário. Para ele, o grande papel dos partidos é organizar, dirigir, optar e construir em ação social os desejos e aspirações dos indivíduos, não substituindo o povo, mas, sim, buscando o bem-estar dele.


E quando os partidos não possuem a capacidade de pensar e pôr em prática os meios mais adequados para atingir os objetivos formulados com o desejo e o apoio do povo, perdem seu caráter.


“Porque povo e partido se hão de completar, como se num polo estivesse a energia criadora e noutro, o conhecimento indispensável à execução das tarefas e à obtenção dos resultados previstos”, defendeu um dos fundados do PSB no capítulo “O povo e a revolução do desenvolvimento” de seu livro intitulado “Ideias e Figuras”.


Lima ainda acrescentava que era preciso participação popular para uma real mudança social no país. “É a luz dessa situação, que se prolonga até nossos dias, que devemos, a meu sentir, encarar o problema da restauração democrática no Brasil. O povo precisa ser incorporado à vida pública nacional, para que esta não quede à mercê de ambições pessoais, de aventuras pessoais, de planos de salvação pessoais ou de classe, nem à mercê de máquinas políticas ou de partidos que não vivem do apoio popular, mas de manipulação das vantagens do Poder”, diz em trecho do mesmo livro.


Autorreforma

O ex-presidente Lula ao lado do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante XV Congresso Nacional do PSB. | Foto: Mateus Tourinho.


O PSB também irá contribuir para o enfrentamento da crise do sistema político-partidário com propostas para um projeto nacional de desenvolvimento contidas em seu novo programa. O documento e o novo manifesto do partido foram aprovados durante a realização do XV Congresso Constituinte da Autorreforma, em abril.


Inédito na história do PSB, o projeto da Autorreforma promoveu uma profunda autocrítica iniciada no fim de 2019 e contou com ampla participação de militantes e da sociedade civil.

Homenageando os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, o XV Congresso Constituinte da Autorreforma contou com a participação de mais de 900 socialistas, militantes e filiados que discutiram em seis grupos o documento final da Autorreforma baseado em temas específicos (Reforma do Estado; Economia: Prosperidade, Igualdade e Sustentabilidade; Desenvolvimento Sustentável e Economia Verde; Políticas Sociais e Cidades Criativas; Socialismo Criativo, Democracia e o Partido que Queremos).


Neste 6 de agosto de 2022, afirma Carlos Siqueira, o PSB repete seu lema “socialismo e liberdade” para que mais brasileiros e brasileiras “se unam na construção de um futuro sempre mais democrático, sustentável e justo para a ampla maioria da população”.

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